Após o anúncio dos EUA de que imporiam uma tarifa de 25% sobre as importações do Canadá, e o Canadá indicar medidas retaliatórias, o presidente Trump postou nas redes sociais dizendo que "a América não precisa de nada do Canadá", acreditando que a economia dos EUA não será afetada. Essa postura abalou os mercados financeiros, gerando preocupações sobre o futuro da economia global. Como resultado, houve um aumento nas ordens de venda logo no início das negociações, e os preços das ações caíram significativamente, não só no Japão, mas também em outras partes da Ásia.
Canadá e México aplicam tarifas de 25% a partir do dia 4
No dia 1º, o presidente Trump assinou ordens executivas para impor uma tarifa de 25% sobre as importações do Canadá e do México, além de uma tarifa adicional de 10% sobre a China, com essas tarifas começando a valer no dia 4.
Em resposta, o primeiro-ministro canadense, Trudeau, anunciou que também imporia uma tarifa de 25% sobre as importações dos EUA a partir do dia 4, como medida retaliatória. A presidente mexicana, Sheinbaum, também afirmou que implementaria tarifas e outras medidas, e realizaria uma coletiva de imprensa no dia 3 para dar mais detalhes.
Nesse contexto, Trump postou nas redes sociais no dia 2, dizendo: "Não precisamos de nada do Canadá. Temos energia infinita, podemos fabricar nossos próprios carros e temos mais madeira do que conseguimos usar." Ele também reiterou sua ideia de que "o Canadá deveria se tornar o 51º estado dos EUA", alegando que "os canadenses pagariam menos impostos, teriam uma proteção militar muito melhor e não haveria mais tarifas". A tarifa sobre o Canadá começará no dia 4, gerando preocupações sobre o impacto na economia global e a possível volta da inflação nos EUA, mas Trump afirmou que acredita que a economia americana não será afetada.
Trump: "Falarei com o Canadá e o México no dia 3"
No dia 2, ao retornar à Casa Branca, Trump disse a repórteres que conversaria com o primeiro-ministro Trudeau na manhã do dia 3 e também com o México. Ele afirmou: "Não espero mudanças dramáticas. Vamos impor tarifas sobre eles, que nos devem muito. Estou confiante de que pagarão suas dívidas." Trump também revelou que as tarifas seriam retiradas caso o Canadá, o México e outros países tomassem medidas suficientes para combater a imigração ilegal e o tráfico de drogas, como o fentanil. A expectativa está em saber que tipo de discussões acontecerão antes da imposição das tarifas.
Canadá incentiva a compra de produtos nacionais
No Canadá, há um movimento crescente para incentivar os consumidores a comprar produtos canadenses em vez de produtos americanos. No dia 2, o primeiro-ministro Trudeau pediu à população que "escolha produtos feitos no Canadá, verifique os rótulos e faça sua parte". No mesmo dia, o premier de Ontário, Ford, anunciou nas redes sociais: "A partir de terça-feira, 4, o álcool americano será retirado dos catálogos de atacado da província. Restaurantes e varejistas não poderão mais pedir produtos americanos."
Além disso, o premier de British Columbia, Eby, também disse que ordenou a suspensão da compra de álcool de estados americanos que são bases do Partido Republicano, afirmando: "A América é uma grande presença, mas se não nos firmarmos contra ela, eles voltarão e pedirão mais."
Grupos industriais americanos manifestam preocupações
Executivos da Câmara de Comércio dos EUA, a maior organização econômica do país, expressaram preocupações no dia 1º, dizendo que, embora o presidente esteja certo ao focar em questões como a fronteira e a propagação do fentanil, as tarifas não resolverão o problema e aumentarão os preços para as famílias americanas, além de interromper as cadeias de suprimento.
A Federação Nacional de Varejo (NRF) também se manifestou, alertando sobre o impacto das altas tarifas, e pediu que os EUA continuem as negociações para evitar que os custos das políticas sejam repassados às famílias e pequenas empresas.
O Instituto Americano do Petróleo destacou que os EUA importam a maior parte de seu petróleo bruto do Canadá, e afirmou que buscaria uma isenção para estabilizar os preços da energia e apoiar os empregos americanos.
Os Trabalhadores do Aço Unidos (USW) também se opuseram às tarifas, dizendo que atacar um aliado importante como o Canadá não é o caminho a seguir, pois isso prejudica tanto o Canadá quanto a estabilidade das indústrias dos EUA, e pediram a exclusão do Canadá das medidas.