Política

Empresária absolvida em caso de assassinato do 'Dom Juan de Kishu

Data de Publicação: 12/12/2024

Autor: Notícias da Internet

Empresária absolvida em caso de assassinato do 'Dom Juan de Kishu

Em um julgamento amplamente acompanhado no Japão, uma empresária de 28 anos foi absolvida da acusação de assassinar o empresário Kosuke Nozaki, conhecido como o "Dom Juan de Kishu". Nozaki, de 77 anos à época, morreu em maio de 2018 devido a uma overdose aguda de estimulantes. A promotoria alegava que a ré teria administrado as substâncias, mas a Justiça de Wakayama concluiu que havia dúvidas razoáveis sobre a acusação.

Pontos centrais da decisão judicial

A juíza Keiko Fukushima destacou que a acusação não conseguiu comprovar de maneira definitiva que a ré foi a responsável pela morte de Nozaki. Abaixo, os principais argumentos do julgamento:

1. Horário e acesso à vítima

A promotoria argumentou que a ré estava sozinha com Nozaki no momento da suposta administração da droga. Contudo, o tribunal destacou que o horário exato do consumo não pôde ser determinado com clareza, e o acesso da ré ao quarto não é suficiente para vinculá-la ao crime.

2. Motivação

Embora a promotoria tenha apontado um possível interesse na herança como motivo, a defesa argumentou que a ré recebia um alto valor mensal de Nozaki, não necessitando de sua morte. O tribunal considerou que a herança poderia ser um motivo, mas insuficiente como prova de crime.

3. Pesquisas na internet

A ré pesquisou termos como "estimulantes" e "crime perfeito", o que a acusação interpretou como premeditação. O tribunal, no entanto, considerou que tais buscas, isoladamente, não provam intenção criminosa.

4. Possibilidade de acidente

A decisão do tribunal enfatizou que não se pode descartar a hipótese de que Nozaki tenha consumido acidentalmente uma dose fatal de estimulantes. Também não foi comprovado que a ré adquiriu as substâncias, sendo possível que tenha recebido açúcar, como relatado nos depoimentos.

Reações no tribunal

A ré, Sudo Saki, demonstrou alívio ao ouvir o veredicto de absolvição. Vestida com terno preto, enxugou lágrimas com um lenço após a decisão.

Comentários e repercussão

A Promotoria de Wakayama expressou decepção com o veredicto e anunciou que avaliará um possível recurso. Especialistas elogiaram a cautela do tribunal em basear sua decisão apenas nas evidências disponíveis, dada a falta de provas diretas.

O caso atraiu grande interesse público, com 301 pessoas disputando 48 assentos na audiência, resultando em uma taxa de concorrência de 6,3 vezes.

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